Como tudo começou

E aí, pessoal!  

Pois é, nunca achei que um dia eu criaria um blog desse. Eu, que sempre fui super resistente quanto a ideia de ter filhos, descobri o que realmente é sentir o relógio biológico gritar e me fazer mudar completamente a maneira de pensar. 

Confesso que por inúmeras vezes, ainda há duas Karinas que travam uma batalha dentro de mim, uma super empolgada que está pronta pra entrar nessa jornada, e outra que traz um monte de medos e dúvidas e que me faz questionar se fiz a escolha certa. 

Mas vamos lá falar um pouco sobre mim. Tenho 33 anos e tomei anticoncepcional minha vida inteira pois fui diagnosticada com SOP (Síndrome do ovário policístico) com 17 anos. Eu tinha MUITAS espinhas e demorou pra descobrir que a causa era o SOP. Depois de começar a tomar, o medo de parar e o problema voltar era muito grande, então continuei, por longos 16 anos. 

Até que, aos 33, em uma conversa com o marido, resolvemos começar a tentar ter um baby. Fui ao médico, fiz os exames, parei o anticoncepcional e começamos a tentar (não necessariamente nessa mesma ordem). 

O primeiro mês sem o AC (anticoncepcional) foi terrível, eu não sabia como era meu corpo,  que teve tudo inibido por anos por bombas de hormônio que eu tomava, e aí, logo no primeiro mês, senti tantas coisas e dores que cheguei até a pensar que já tinha engravidado. Eu sequer sabia que existia cólicas na ovulação (e antes dela, e depois também), e que nossos seios também ficam super sensíveis depois que o período fértil passa. Tudo era novidade pra mim.  

A ansiedade já me dominou desde o primeiro momento em que decidimos dar a largada. Resolvi comentar com pessoas próximas sobre as tentativas, afinal, é sempre bom ter alguém com quem conversar sobre as neuras, mas, o que eu não imaginei é a falta de paciência que as pessoas teriam. Ficava bem chateada a cada vez que comentava algo diferente, e tinha que ouvir (ou ler) algo como: "Pare de ficar analisando e deixar rolar naturalmente, assim não vai dar certo". Mas, quem me conhece mesmo sabe que, ansiedade é meu sobrenome, não existe a palavra "Acalme-se" no meu vocabulário. É claro que eu tinha controle das coisas, não ia, por exemplo, desenvolver uma gravidez psicológica (até isso mandaram eu tomar cuidado), eu só estava extremamente empolgada com a ideia e não conseguia não ser transparente em relação a isso.